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  • Foto do escritorSilvia [Adorno]. Bibliotecária. Literatura adorna a vida.

Fases da maternidade, incluindo o ninho vazio

Conforme crescem os filhos se tornam, gradativamente, mais independentes e as

experiências vividas vão nos promovendo - numa comparação com os níveis hierárquicos da Administração - do nível operacional ao tático e com diversidade de histórias e de tempo ao nível estratégico. Creio que a dedicação, a vivência e o aprendizado contínuo podem nos levar a um estágio mais avançado, o de consultoras na divina profissão conferida pela maternidade.

Fui secretária por mais de dez anos, sou bibliotecária, consultora informacional. Administrar e organizar são práticas do meu jeito de ser. No entanto, a maternidade esteve sempre em destaque: ela foi minha grande paixão. Minhas outras funções foram coadjuvantes e até "efeitos especiais". Agora, com a independência dos meus filhos, preciso protagonizar a minha vida de outra forma.

Tenho que conviver com o ninho vazio! Meus filhos foram em busca de novos desafios: um realizar o sonho de conhecer outra cultura, morar no Uruguai. O outro foi morar com a noiva, iniciar sua própria vida, construir seu futuro, ou seja, ambos foram testar as próprias asas.


Essa nova fase se resume para mim num misto de sensações: choque, vazio, reflexão, medo, preocupação, orgulho, encantamento. A de vazio é a maior de todas, mas, aos poucos, o orgulho e o encantamento pela independência deles, em relação à forma como resolvem suas questões, são revigorantes.


Segundo a psicóloga clínica Ana Caroline Janiro, num artigo sobre síndrome do ninho vazio, os sintomas são normalmente pontuais e tendem a desaparecer com o estabelecimento de uma nova rotina familiar.


Será que já estou na fase de consultoria? Num piscar de olhos, num mesmo semestre fui promovida? Creio que sim, pois o substantivo feminino ‘consultoria’ me confere a ação de dar conselhos, consultas… O mais importante, a melhor lição a ser aprendida, é o respeito ao tempo deles, na medida do possível, dar opiniões e pareceres quando solicitados.


Pelo que já li e vivenciei sobre resiliência, venho exercitando a capacidade de readaptação. Filhos saírem de casa é um processo normal, e estou encarando como um recomeço, cultivando uma nova forma de me relacionar com eles. O fato de estarem distantes não significa que estão ausentes.


E se a vida me promoveu ao cargo de consultora, quero estar preparada para exercê-lo, com o mesmo afinco dedicado às outras fases.







REFERÊNCIAS:


Ninho vazio – o que fazer quando os filhos saem de casa? Disponível em: https://psicologiaacessivel.net/?s=ninho+vazio


Administração – níveis hierárquicos. Disponível em: https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/administracao/administracao-niveis-hierarquicos/47644


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